Sinopse: Atlas começa com notícias sobre robôs que rompem o seu protocolo de não ferir humanos, matando milhões ao redor do mundo a mando de Harlan, um androide que conseguiu reprogramar o seu código e criar um genocídio, antes de fugir da Terra. 28 anos depois, o planeta está mudado, mas a caçada por Harlan continua.

Assim que assisti ao trailer final, entendi que teria que assistir este filme com uma paciência redobrada, e com a certeza que teria que passar pano para a maravilhosa Jennifer Lopez, e de fato, aconteceu isto mesmo. O longa tem um enredo interessante, mesmo que repetitivo, afinal de contas o que mais vemos por aí são filmes que androides se voltam contra humanos, não é novidade. Então para realmente chamar a atenção, ele realmente teria que entregar algo a mais, o que de fato não o fez. 

Atlas chegou ao Rotten Tomatoes com uma aprovação de crítica de 9%, até o fim desta crítica aparecia com 11%, e mesmo que aumente, não acredito que vai passar muito disso, afinal nem o público se empolgou muito com o longa apresentando uma porcentagem de 56%. Definitivamente é um filme mediano, e a nota do público mostra exatamente isto. 


Como já mencionei, mesmo batida, a história poderia ser interessante, mas a narrativa escolhida foi um tanto quanto preguiçosa. O filme não nos apresenta este universo fictício, futurista, tudo é jogado em cena ao meio de diálogos rápidos que correm para contar o que se passa não se aprofundando em nada. É como se o diretor apresentasse o filme para que a gente entendesse do jeito que dá, não existe um cuidado com o enredo e com os personagens, são todos apresentados de maneira rasa, e isto faz com que a gente não se conecte com a trama quase o filme inteiro. 

Jennifer Lopez até tenta, mas a falta de profundidade dos diálogos e até mesmo das cenas envolvidas tornam sua interpretação cansativa. Principalmente porque ela passa o filme todo dentro de uma máquina, vociferando sarcasmos  em momentos que os acontecimentos do filme deveriam ter sido levados mais a sério. 


Sterling K. Brown como o Coronel Elias Banks foi  um dos maiores erros do filme, o ator sempre ótimo em cena, mas foi tão mal aproveitado que é impossível não lamentar muito. É inacreditável que a história não teve mais nuances para deixar o filme mais interessante. Com certeza o filme melhoraria muito com um tempo de tela dele maior. 


Simu Liu, como Harlan, para minha surpresa, mesmo sendo o vilão do filme, está simplesmente apagado, e só realmente fica relevante na meia hora final do longa, e isto torna a escolha por esta narrativa extremamente bizarra. Como um filme de 2 horas dá relevância ao vilão apena nos minutos finais?! É inacreditável! 

Destaco Abraham Popoola, que faz um dos androides soldado do vilão Harlan, tem um ótimo tempo de tela, e é mais um personagem que existe no filme sem maiores explicações e sem nenhum tipo de aprofundamento no porquê de fato está ali. Tudo muito raso. Uma pena.  


A meia hora final do filme é interessante, é o momento que começamos a nos conectar um pouco mais com o que esta sendo mostrado, e captamos uma amizade surgindo realmente entre Atlas e o Robo Smith. O desfecho do filme é a parte mais interessante, e nos faz perceber que até chegar neste momento a trama simplesmente não teve nada relevante.

Atlas tinha tudo para ser um filme criativo e diferente, mas o roteiro esbarra na mesmice, e na falta de profundidade de abordar um assunto que precisa mais do que diálogos engraçadinhos, tiros, e a heroína que salva a terra de ser aniquilada. 


Nota: ♥♥♥

Ficha Técnica:
Atlas 
Gênero: Ficção científica/Ação
Duração: 1h58m
Diretor: Brad Peyton
Roteiro: Aron Eli Coleite
Data de lançamento: 24 de maio 
Onde assistir: Netflix