Sinopse: Elizabeth é uma jovem bela e sexy, que trabalha numa galeria de arte moderna, e se envolve com John, um homem rico e poderoso. Eles apaixonam-se de forma muito intensa e começam por praticar fantasias sexuais cada vez mais picantes, o que torna a relação cada vez mais difícil de ser controlada. Depois de conseguir arrastar Elizabeth para o Mundo da fantasia sexual, John manieta a vítima com inúmeros esquemas. A vítima (Elizabeth) sofre de dependência psicológica relativamente a John.

Nove Meia Semanas de Amor retornará aos cinemas nesta quinta, 06 de junho, após  quase 40 anos do seu primeiro lançamento. Simbólico o lançamento no mês dos namorados, e uma bela homenagem aos 70 anos da atriz Kim Basinger. 

O diretor Adrian Lyne tem uma assinatura muito presente em seus filmes, temos a impressão que mesmo com personagens e filmes diferentes, os universos parecem que estão sempre ligados, e eu definitivamente acho isto fantástico!

O filme tem todas as características da época, um casal apaixonado que exala uma química explosiva, uma tensão durante a trama que sempre nos deixa esperando que algo vai acontecer e mudará tudo, uma trilha sonora que embala nossas mentes até depois que o filme termina, e um enredo cheio de controvérsias e questionamentos. Não é a toa que esse tipo de filme tantos anos depois ainda nos prende a atenção e permeiam nossas rodas de conversas. 

Kim Basinger está deslumbrante como Elizabeth , uma beleza natural, quase inocente, e que ao longo do filme se transforma em algo avassalador, uma sensualidade que prende nossos olhos na tela. É uma delícia acompanhar a mudança da personalidade da personagem durante a trama. A cada cena percebe-se ela mais perdida e dependente daquela relação que nitidamente está longe de ser algo ideal. 


Mickey Rourke é o misterioso e apaixonante John, um personagem muito intrigante, que nos instiga a muitas reflexões sobre sua personalidade, e que mesmo com seu comportamento duvidoso nos cativa. Mickey entrega tudo que é necessário através de seus olhares e gestos, e quando ele olha para a Kim Basinger, quem derrete somos nós, acredite! 

A trama inicia com uma narrativa rápida, a relação entre os dois acontece de uma forma bem intensa e repentina, e talvez seja o único ponto questionável do filme, porque mesmo sendo a intenção, poderia ter sido melhor trabalhado, mas depois que o casal se envolve, aí temos as cenas mais sensuais e deliciosas do cinema. A química deles é absurda, e quanto mais eles ficam juntos, mais queremos vê-los, mais queremos imergir naquela relação que inicia de forma intensa e tão natural, mas vai transformando-se em algo caótico e descontrolado. 

É nítido que Elizabeth quer uma relação mais profunda com John, mas ele mesmo muito envolvido não parece estar disposto em realmente abrir sua vida para a amada, tudo precisa ser do seu jeito e da forma com que ele está disposto, e inicialmente isso parece sedutor, mas quanto menos ele dá, mais ela parece querer e esperar do relacionamento. O que começa bonito, ganha ares obsessivos e com uma dependência emocional angustiante. 


Nove Semanas e Meia de Amor é um clássico dos anos 80 com todos seus méritos, a grande maioria das cenas do filme são icônicas e serviram de inspiração para inúmeros outros filmes que vieram depois. O casal protagonista se entrega ao que está vivendo, e a química transborda aos olhos de quem está assistindo. O diretor Adrian Lyne traz sua assinatura, e nos presenteia com um romance cheio de erotismo, paixão, desejo e obsessão, o puro suco daquela época. E a cereja do bolo é a trilha sonora que embala muitos romances até o dia de hoje. 

Sim, você tem todos os motivos do mundo para rever este clássico agora em tela grande, APROVEITE!

Nota: ♥♥♥♥
Data de lançamento: 21 de fevereiro de 1986 
Diretor: Adrian Lyne
Roteiro: Sarah Kernochan, Zalman King, Patricia Louisanna Knop
Música composta por: Jack Nitzsche
Gênero: drama; erótico; romance
Distribuição: A2 Filmes