Duas mulheres gigantes em cena, contam a história de duas mulheres gigantes da história da psicanálise brasileira

O filme "Virginia e Adelaide" é uma produção da Casa de Cinema de Porto Alegre em coprodução com Globo Filmes. O roteiro é assinado por Jorge Furtado, que divide a direção com Yasmin Thayná, e conta a história de Virgínia Leone Bicudo e Adelheid (Adelaide) Koch, interpretadas por Gabriela Correa e Sophie Charlotte. Com distribuição da H2O Filmes, a produção tem seu lançamento previsto para o primeiro semestre de 2025. O pôster bordado a mão é um trabalho de Mitti Mendonça, artista gaúcha residente de Porto Alegre. O filme teve sua première mundial na 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado. 


Através de uma linguagem ficcional, ilustrada por arquivos documentais, “Virgínia e Adelaide” narra o encontro de duas mulheres que inauguraram a psicanálise no Brasil. Em 1936, a psicanalista alemã Adelaide Koch, interpretada por Sophie Charlotte, escapa da perseguição nazista aos judeus fugindo para o Brasil. No ano seguinte, conhece Virgínia Bicudo, jovem pesquisadora negra vivida por Gabriela Correa, que se tornaria sua primeira paciente e a primeira psicanalista brasileira. A entrega das protagonistas foi exaltada por ambos os diretores. 

“Não canso de me espantar com o trabalho da Gabriela e da Sophie no filme, é comovente ver duas grandes atrizes em ação. ‘Não há paisagem como o rosto humano’”, comenta Furtado, que também assina o roteiro do filme, com a colaboração de Thayná. A codiretora complementa: “Foi muito gratificante estar diante de uma dramaturgia muito bem escrita ganhando vida por meio dessas atrizes. Uma oportunidade gigante para mim ter dirigido elas”.

“Virgínia e Adelaide” marca a estreia de Yasmin na direção de um longa-metragem. Eleita pela revista Forbes como um dos 90 jovens abaixo dos 30 anos mais brilhantes do país, a cineasta vive sua estreia em Gramado ao lado de um dos nomes mais premiados do audiovisual brasileiro. “Foi como se eu estivesse completado um ciclo muito potente. O meu primeiro desejo profissional veio quando eu assisti uma obra audiovisual escrita pelo Jorge, “Cidade dos Homens”, e agora eu pude dirigir um filme junto com ele”, conta Thayná. “Foi uma experiência muito importante para mim porque pude experimentar um novo modelo de produção, e modelos de produção afetam diretamente a criação”.